sábado, 29 de maio de 2010

O tempo voa...mas a Gastroentrite näo!!

Pois é meus amigos...Näo há quem páre o tempo!
Ainda há pouco estávamos em Lisboa e nao tarda faz 4 meses que estamos fora...ainda há pouco estiveram cá as Anas...
Ainda há pouco as ventosas se separam e fui à Ilha de páscoa...ainda há pouco sairam de cá os fabulosos 4...e sem dar por ela, tenho a sensaçao que foi ontem que tive a minha primeira gastro, e afinal, ela nao tinha passado com o tempo, como tudo o resto...esta veio para ficar!!!! Ahahahaha

Pois é, regressei de Nazca, onde me despedi da minha querida irmä e Vilhs com muita tristeza e de gastro em grande ebuliçao...uma vez mais! Já nao posso ouvir falar da dita cuja e no entanto näo há meio dela perceber que nao a quero por perto!

Mas antes que me esqueça...
Nazca! Fomos os três "pa"Nazca e foi lindo!
Cometêmos a loucura de estoirar mais uns dólares e resolvemos subir a uma avioneta e ver as famosas linhas lá do cimo e valeu bem a pena!
Estávamos os 3 eufóricos, parecíamos miúdos! É bastante mais impressionante do que imaginava e só tenho pena que as fotos nao permitam que se perceba a magnificência de tudo o que vimos, porque eu voltei de lá encantada!

Após täo extenuante visita démo-nos ainda ao luxo de dar um saltinho à piscina do hotel que nos vendeu os bilhetes, e a noite terminou com um belo jantar e uma saida ao que julgámos que seria a discoteca local!
As únicas descriçoes que me atrevo a fazer: meninas de indumentária algo reduzida, homens baixinhos...muitos...e sem porta no WC que dava directamente para a sala!!! Luz vermelha, um palco com um varao no meio onde esperámos a qualquer momento ver uma "senhora" empoleirada, e uma wc de mulheres onde pingava (sabe-se lá o quê, pois felizmente as luzes eram muito poucas!) em cima de quem quer que tentásse realizar as suas necessidades na sanita...todo este cenário só me deixa concluir, que o meu corpinho sentiu-se tao confortável que no dia seguinte me agradeceu com o retorno da minha amiga Gastro!! Aquele local, foi algo que nunca esquecerei, e que coroou o fim da estadia da minha irmä e do Vilhena! Viva a disco de Nazca!!! :D

E assim foi que regressei aos braços da minha querida companheira de viagem que me esperava em Arequipa: em total desarranjo!

Após 3 dias de dormir horas a fio, café e molenguice, eis que resolvêmos que estava na hora de seguir viagem em direcçao à Bolivia! A viagem estava marcada para a noite...ao fim do dia aqui a "je" começou novamente a sentir-se mal (como já vai sendo hábito!) mas mesmo assim seguimos viagem para o que pensámos que seriam as últimas horas de bus no Perú.

O bus...esse täo amado meio de transporte sul americano...foi a minha desgraça!
O cheiro era intenso e nauseabundo...atrás de mim um senhora vomitava..o meu estômago ás voltas...frio...o meu intestino ás voltas...e nao aguentei mais...tentei ir à wc...trancada...fui ao condutor e a resposta foi:
-Senhorita, tiene que usar los baños ecológicos!
No bus a Inês, mais tarde, disse-me que se ouviu rir...
Eu ainda hesitei...perguntei: E isso onde é?
- A fuera senhorita! Atrás, donde encuentre! Disse o motorista perante a minha cara de incrédula...e eu juro que só me apetecia saltar-lhe em cima!!!!
Que amargura, que afliçao...lá fora só homens a urinar ao ar, nem um local abrigado p mim, eu com medo de ir muito longe nao fosse alguém estar por lá e me atacar...e as cólicas...ai as minhas cólicas...Foi, infernal esta viagem!!! Infernal!!!

Conclusao, dada a situaçao, acabámos por nao chegar ao destino, e resolvemos ficar numa vila antes, onde procurámos um hostal as 3h da manhä onde eu pudésse descansar e no dia seguinte ir ao hospital! Abençoada Inês que se nao estivésse a meu lado nao sei se nao teria corrido pior...Só me lembro dela, de manta polar de riscas aberta, só com a cabecinha por cima, a tapar-me enquanto tentava libertar ao mundo o meu mau estar e deixava atrás de mim um rio... Pobres de nós, senhoritas perdidas neste mundo sem regras!!!!

Dos dias seguintes apenas me lembro que a grande Inês nada deixou que faltásse, e a vila que nos acolheu, afinal tinha mesmo um hospital bem agradável e onde fui muito bem tratada, e onde até um concurso de danças na escola local tivémos o prazer de apreciar! Foi uma estadia santa, de muita calma e tranquilidade e onde pude finalmente ser diagnosticada e medicada convenientemente! É DESTA QUE A MATO DE VEZ!!!

Hoje, já em La Paz, posso afirmar que foi o melhor que fizémos, e que foi uma das vilas que melhor nos acolheu! Obrigada Juli!!!!

Acho que depois desta posso finalmente deixar de falar do meu problema "gastroentrítico" e voltar a falar do bom que é viajar e estar aqui, e conhecer tanta gente interessante!! Viva, viva, viva!!!!! :D

sexta-feira, 21 de maio de 2010

O Perú visto daqui

Agora que terminaram as 3 semanas alucinantes às voltas pelo Perú, na companhia dos 4 estarolas (neste momento eles já estarao no aviao a caminho de Lisboa) tenho um tempinho a sós (a Claudia foi "pa"Nazca e só regressa a Arequipa hoje à noite) para calmamente poder colocar a conversa em dia.
Impoe-se entao um post mais analítico, resultante da "digestao" de todas as vivências que fomos tendo neste país e dos seus costumes.
Desde que entrámos no Perú, que observámos a atroz diferença entre esta economia e a dos outros dois países por onde tínhamos passado. E sentimos que tínhamos chegado a um território designado (classificaçao já ultrapasada mas enfim) de "terceiro mundo". Fomos obrigados a esquecer a sociedade acéptica em que normalmente vivemos, protegidos pelas regras da ASAE e da Uniao Europeia.
Aqui, a carne é cortada e vai secando nos balcoes dos mercados, com uma higiene duvidosa e sem qualquer tipo de refrigeraçao. Aqui encontram-se baratas nos restaurantes e nos quartos dos hostais. Aqui as casas de banho nunca têm papel e algumas nem sequer água canalizada. Aqui vende-se sumo em sacos de plástico com uma palhinha espetada e copos de gelatina que aquece à temperatura ambiente. Aqui as crianças que vivem no meio rural têm as bochechas em crosta, tostadas pelo sol intenso e impiedoso em peles frágeis que nunca viram a cor de um protector contra raios ultravioleta. Aqui as casas estao eternamente inacabadas. O tijolo à vista e os ferros espetados nos telhados revelam o desejo de um futuro acrescento (para quando houver dinheiro, ou quando os filhos constituirem família, oxalá nao haja nenhum terremoto que destrua tudo e os obrigue a construir tudo de novo!). Aqui anda sempre uma pessoa pendurada nas portas dos autocarros a gritar o destino para onde se dirigem e a angariar fregueses (durante o tempo que estou aqui neste cyber, vou ouvindo consecutivamente esses vários pregoes). Aqui temos que estar sempre a regatear o preço de TUDO (e sabemos que por mais que baixemos a fasquia, estamos sempre a ser enganados, como bons turistas que se prezem) e quando recebemos uma nota, temos que verificar vezes sem conta que nao é falsa (eu fui a primeira contemplada com uma dessas e a partir daí nunca mais nos deixámos enganar! deixa cá ver a qualidade do papel! deixa cá ver se os números brilham, se se vê à transparência!).
Como já vimos nos posts anteriores, também fomos obrigados a esquecer as regras de transito e os limites de velocidade. Aqui os motoristas revelam um total desrespeito pelo valor da vida humana . Assistimos a várias ultrapassagens que nos meteram os cabelos em pé. Além disso, aqui uns meros 200 km demoram sempre 6h a ser percorridos devido ao mau estado das estradas.
De resto, apesar de todo este caos, os peruanos assemelham-se aos seus vizinhos sul americanos. Sao um povo simpatico e relativamente acolhedor. Muito devotos a todos os santos, bastante musicais (aqui também existe o culto dos clássicos anos 80) e tendo o turismo como uma das principais fontes de receita (tudo é pretexto para sacar mais alguns soles aos estrangeiros).
Estou agora em Arequipa e aqui pretendo permanecer uns diazinhos de relaxe, para recuperar do ritmo acelerado dos ultimos dias.
Arequipa é a segunda cidade do Perú. Está bastante cuidada. Sobrevivem muitos edifícios, igrejas e mosteiros do tempo dos espanhóis. É uma cidade repleta de vida, recheada de mercados onde se vende de tudo e todas as ruas se enchem de animaçao desde o alvorecer (em contrapartida, às nove da noite já quase nao se avista vivalma). Visitámos um museu que guarda uma das múmias mais bem conservadas do Mundo, encontrada perto da cratera de um vulcao aqui próximo, Juanita de seu nome, e oferecida àquela montanha como prova da devoçao dos incas aos seus deuses. Aí pudémos aprender um pouco mais sobre os significados presentes nos rituais fúnebres daquele povo, diferentes consoante as classes sociais de onde provinham as crianças sacrificadas, as quais deveriam possuir uma beleza imaculada.
Nos últimos dias o grupo separou-se. Três dos estarolas seguiram para Nazca e foram avistar as famosas linhas que desenham figuras gigantescas nos campos, cuja percepçao total apenas se pode ter a partir de céu (ou de uma avioneta). A outra ventosa depois nos contará a experiencia.
Eu cá fiquei com o Russo e a Mila. Fomos até Chivay, um pueblito a 4h de distancia. Dormimos num hostal bem simpático, onde vivia uma família e um lama bebé que parecia um cao. Visitámos o Valle e o Cañon del Colca, um dos mais profundos do Mundo e avistámos muitos condores, a planar bem juntinho dos nossos olhos. Também aprendemos a diferença dos trajes típicos entre quechuas e aymaras, collaguas e cabanas, solteiras e casadas :)

terça-feira, 18 de maio de 2010

Perú update!

Pois que a ventosa aniversariante aqui está entäo para relatar os últimos acontecimentos!!
O festejo do meu aniversário foi, como descrito, algo complicado devido a uma fabulosa gastroentrite viral que adquiri sabe-se lá como!! Em Cuzco como disse a Inês, quando começaram as celebraçoes, ainda apenas estava com um mau estar que poderia ser também devido à altitude (o que na verdade correu muito bem, porque os meus amiguinhos aproveitaram o dia em que fiquei na caminha para me comprarem todo o tipo de regalos!! só presentes...häo-de ver as fotos!), mas em Águas Calientes o estado da coisa já era täo mau que teve mesmo de ser chamado um médico ao quarto e aqui a "je" ficou a liquidos durante uns bons dias!!

Ainda estive assim durante um tempo em Puno, primeira cidade junto ao Lago Titicaca onde "atracámos"! Fomos como sempre "atacados" no terminal de bus pelos autóctones que nos tentavam impingir estadia e mais uma vez lá encontrámos um lugar que nos satisfez aos 6. Foi um dia complicado, pois o regresso de Águas Calientes, além de longo e dentro daquela camioneta de 12 apertada e cheia de sustos devido há boa conduçao dos peruanos, ainda continuou com uma corrida até ao terminal de Cuzco para apanhar o bus da noite para Puno...penso que falo por todos quando afirmo que já nao há quem nos assuste com viagens de bus! Depois da experiência das longuissimas e agitadas viagens de bus pelas estradas do Perú, näo haverá nenhuma pequena viagem até trás-os-montes que nos assuste!!!

Puno é uma cidade animada e acolhedora...o sol brilhava e o frio só aparecia à noite...fomos até ás ilhas flutuantes dos Uros e apanhámos a maior desilusäo da viagem!! Tirando o Vilhena, que se animou com a aventura turística, a opiniäo foi unânime...é demasiado preparado para os turistas, e toda a encenaçao é täo evidente que näo há como ter uma opiniao muito positiva daquele lugar. Vale pelo facto das ilhas serem feitas pelo Homem e por termos a capacidade de imaginar como aquilo teria sido originalmente porque de resto....mau!!!!

Seguimos de Puno para a Bolívia...mais propriamente Copacabana, do outro lado do lago Titicaca!! Os meninos e meninas ficaram com o carimbo da Bolivia e eu e a Inês enchemos mais meia página com mais dois carimbos...começo a duvidar que com tantas passagens de fronteira, que as folhas dos nossos passaportes sejam suficientes!!!

Ficámos duas noites em Copacabana, levantámo-nos duas manhäs bem cedo para apanhar o barco para as ilhas do Sol e da Lua, e duas vezes fomos pedir a devoluçäo do dinheiro do barco até lá devido ao vento que se levantou sobre o lago e que impossibilitou a navegaçao...ainda houve um barco que se aventurou, mas rapidamente teve de regressar...enfim, uma das nossas primeiras frustraçöes e sem dúvida a maior dos nossos 4 companheiros!!
Valeu sem dúvida pela possibilidade da compra de muitos regalos a preços mais baixos...täo baixos que quase nos desgraçámos!!! Bem...na verdade...desgraçámo-nos à grande!!!

Para fugir à tentaçao das compras estamos agora em Arequipa...Perú de novo...
Mas isso vai ter de ficar para o próximo post que o tempo de net está-se a esgotar e a fome aperta!!!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Trinta no Machu

Cabe-me agora entao a mim relatar os ultimos dias, passados na companhia dos 4 estarolas. Ja tanta coisa aconteceu que nao sei por onde começar...
Bem, a viagem até Cuzco foi das mais cansativas que fizémos até agora. Quase 24 horas dentro de um autocarro, com pouca comida, quase todos com umas cólicas agrestes devido a uns hamburgers malfadados que tinhamos comido em Lima e dirigidos por um motorista louco (mais tarde viriamos a aperceber-nos que todos os motoristas no Peru sao doidos varridos, mas naquela altura viviamos ainda na inocência).
Cuzco é uma cidade que nao representa minimamente o resto do país. É agradável, limpinha e bonita. Tudo está preparado para o turista (o que também se reflete nos preços). E está também a uma altitude considerável. Mas nós, armados em fortes, resolvemos instalar-nos num hostal situado no cimo da rua mais acidentada. Pobres dos nossos organismos frágeis de tuguinhas, apenas habituados às colinas de Lisboa! Bem podem imaginar como ficávamos de lingua de fora e com o coraçao a querer saltar pela boca. Mas sempre com um sorriso nos lábios pois claro!
No primeiro dia acabámos por nos perder nos inúmeros mercados de artesanato que existem espalhados pela cidade. No segundo dia fomos conhecer o Valle Sagrado. A paisagem nos arredores de Cuzco é toda lindíssima e ficámos fascinados com as construçoes incas e com tudo o que aprendemos sobre esta civilizaçao que adorava o Sol, a Lua e as montanhas.
Entretanto, na pausa do almoço, seguimos atentamente os relatos do jogo da final do campeonato em Portugal, que chegavam através de sms aos telemóveis dos estarolas lampioes e acabámos por celebrar efusivamente a vitória do glorioso (pronto ok, nao tao euforicamente como no Marquês...).
E a partir das seis da tarde (meia-noite em Portugal) começamos também a festejar o aniversário da menina Claudia que, muito bem, resolveu passar a trintona no meio da América Latina rodeada de amigos que a apaparicaram com imensas prendinhas bonitas.
O jantar foi no chinês, com direito a bolo de chocolate com velinha e tudo!
E no dia seguinte a celebraçao continuou. Era um dia muito importante: partimos para Águas Calientes, porta de entrada para uma das Sete Maravilhas de Mundo!
Soubémos que o trilho inca até Machu Picchu estava esgotadíssimo. Como autênticos mochileiros pé de chinelo que somos, optámos pela alternativa mais económica que nos levou até à cidade inca. Qual duas horas de comboio? Vamos mas é partir às 4h da manha, numa carrinha minuscula e recheada com 12 marmanjos, fazer seis horas de viagem por entre desfiladeiros e selva (com um condutor louco pois claro) e depois caminhar mais 3h! Boa! E assim foi.
Uma verdadeira aventura. Particularmente para a Mila, que teve que ultrapassar alguns contratempos: nao só teve que pôr à prova o seu estômago mais "sensível" a curvas e contra-curvas a mais de 3000 metros de altura, como depois teve que ignorar os nervos e atravessar um rio através de um mini-carrinho suspenso por cordas puxadas à mao (os nossos guias esqueceram-se de nos revelar esta "situaçao" com alguma atecedência e fomos completamente apanhados de surpresa. Uma boa surpresa para quem gosta da adrenalina das alturas. Nao tao boa para quem sofre de vertigens). Assim que pudermos colocamos aqui fotos desse grande momento.
Uma fiel história da ida a Machu Picchu nunca fica realmente completa, sem a descriçao do caminho até lá. No entanto, é muito difícil transmitir a beleza destas montanhas. Sao de uma imponência que nos tira o fôlego. Nao admira que os incas as considerassem deuses. Depois as fotos hao-de ajudar tambem!
E no dia seguinte finalmente fomos conhecer a cidade perdida. Como a trintona estava um pouco enferma devido a excessos de gula, em vez de palmilhar escadas durante 2 horas, resolvemos armar-nos desta vez em turistas de luxo e seguimos até ao topo de autocarro.
A primeira impressao foi um pouco assustadora. Como verdadeira ex libris que é, estava pejada de gente por todos os lados. Tal como nós, todos querem ver aquela pequena maravilha. Nao os podemos censurar...
Apesar disso, aquele lugar tem muita força e sentimos a sua energia na pele. Conseguiriamos passar horas a fio apenas a contemplar a magnificencia daquela obra arquitectónica, perdida no meio daquele verde, cuja origem até hoje ainda ninguém soube bem explicar (apesar dos milhentos estudos - também nao ajuda que todos os objectos ali encontrados há quase cem anos continuem na posse de uma universidade norte-americana) e cujo abandono também continua por desvendar.
Conseguimos colar-nos a grupos com guias e aproveitar para perceber que aquela pedra aponta exactamente a Norte e que por aquela janela entra o primeiro raio de sol, no dia do solestício de inverno.
Enfim, podia continuar aqui a contar imensas coisas interessantes que temos aprendido sobre os incas, mas já se faz tarde, já todo o grupo está a dormir e eu também tenho que me render ao leito. Até porque a esta noite nao foi nada mansinha, para nao variar. Fizémos novamente uma longa viagem de autocarro, com bastantes solavancos. Estamos agora em Puno e já fomos visitar as ilhas flutuantes do Lago Titicaca. Mas sobre isso a outra ventosa escreverá um próximo post ;)

sábado, 8 de maio de 2010

PS:

Finalmente foram actualizadas as fotos dos dois últimos albuns!
Após cerca de 3h já estäo lá... faltam as legendas mas a minha resistência física näo me permite mais!
O texto abaixo tb é novo!! :D
Beijos a todos os nossos fiéis seguidores!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Eram só 2...venham mais 4!!!

A entrada no Perú foi subtil...EL Carmen, terras de folclore Afro-Peruano foi pacífico, mas em Lima, lá estavam eles...os famosos 4, de seu nome: Valadinhas, Vilhs, Russo e Mila!!

O reencontro foi bombástico como se esperava...a night de Lima ainda näo sabia o poder desta trupe de 6, que se reuniu sem grande alarido no hostal já antes reservado para o efeito, e que depois de um manjar gourmet na companhia do nosso amigo David, seguiu sem mais demora e enfiada ao molho num só taxi de escape solto, para uma das ruas mais concorridas desta cidade de muitos desencantos.
Grupeta reunida, e apesar da desistência da Inês que recolheu aos aposentos, pegámos no Inglês (David) e bora lá!

Conseguimos encontrar o lugar mais...como chamar...deprimente? animado? Se calhar uma mescla dos dois... posso dizer que neste local a Mila sentiu-se uma das mulheres mais altas (este povo é comprovadamente pequenito), a minha irmä subiu ao palco para ganhar uma cusqueña - cerveja peruana - (nao me perguntem como foi lá parar porque só sei que quando regressei do "baño" já ela lá estava de focos apontados para ela!), o Vilhena apaixonou-se mais uma vez, desta feita pela rapariga mais alta da disco, de peruca branca, luvas há pimpineta e sorriso no rosto...e o Russo...aaaahhhh, o Russo confraternizou com as "chicas" ao ponto de entregar a sua cerveja ao acompanhante de uma delas e a tirar para dancar, qual Fred Astair, e arranjou chapéus para todos! Eu...bem...como anfitriän de servico, tratei de aproveitar ao máximo a companhia e a alegria desta täo ilustre companhia!
Foi uma noite como já nao tinha desde Lisboa, e só tenho a dizer que as saudades aumentaram! Mais do que alegria e festa, estes quatro trouxeram a saudade de todos os que ficaram em Portugal e das festas e dos sorrisos que há tanto tempo näo vejo. A esses, por aqui mando um beijinho...miss U!

Bem, mas mudemos de tom...
Festa sim, mas a viagem continua!!! Seguimos sem demora rumo ao norte: Pucallpa!!
Terra de moto-taxi, qual India!!!
Tempo húmido e quente, barulho, motos por todo o lado, confusao e adrenalina cada vez que subíamos a uma moto e tinhamos de cruzar a cidade!! Esta malta mede as distâncias ao limite e cada pequena viagem foi sempre recheada de momentos altos de suspense e receio pelas nossas vidas...o que nos vale é que somos pessoas que olham o perigo de frente, e näo só näo nos intimida o regateio cerrado para reduzir o custo da viagem ao cêntimo, como seguimos sempre de sorriso nos lábios, ignorando mosquitos e pó que nos batiam de frente no rosto!
A estadia por lá foi um sucesso! Os objectivos todos atingidos e as provas superadas com tranquilidade! Após 2 noites num quarto de hotel, onde, entre chäo e duas camas de corpo e meio onde nos encaixámos todos por apenas 2euros/noite, as ventosas levantaram vôo!!
Na tentativa de escapar à viagem de bus até Cuzco, seguimos os 6 de aviäo até Lima!! A viagem mais económica além de longa (20h até Lima+20h até Cuzco), curvilinea e recheada de muito vómito...basta dizer que no caminho para Pucallpa, uma das primeiras coisas que a hospedeira distribuiu foram precisamente saquinhos para o enjoo!! :(

E assim é, que estamos agora em Lima, no mesmo hostel onde nos encontrámos, ainda sem net suficientemente forte para podermos descarregar fotos, mas a preparar-nos para a segunda etapa da viagem em bus (porque as ventosas sao pobres e isto de andar sem os pés na terra causa buracos nos bolsos!).

Desejem-nos sorte nesta nova etapa rumo ao sul...no norte tivémos um cheirinho da selva amazónica peruana e andámos de barco e vimos algumas tribos...agora rumo a Cuzco sabe-se lá que novas aventuras nos aguardam!!!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

telegrama

ola ola
uma mensagem muito rapida
porque neste computador sem pontuaçao nao ha condiçoes para descrever a verdadeira emoçao de todas as nossas aventuras
apenas vos quero dizer que ja encontramos os 4 estarolas
estavam perdidos em lima
estamos agora embrenhados na selva peruana, mais propriamente na caotica cidade de pucalpa
muito em breve seguimos para machu pichu
beijinhos para todos
stop